flores para todos enamorados |
Certo é que ficou a dúvida sobre qual dos santos homenageava, neste dia. Para alguns tratava-se de um padre que desafiou as ordens do imperador romano Marco Aurélio Valério Claudio (Claudio II, 214 a 270). É que esse imperador, por entender que rapazes solteiros (e sem família), seriam melhores soldados, proibiu casamentos em seu império. Só que Valentim ignorou essas ordens e continuado a fazer casamentos, em segredo, de jovens que lhe procuravam; sendo então preso e executado, em 14 de fevereiro (por volta do ano de 270). Acontece que existiu um outro padre, igualmente Valentim, que viveu na mesma época, também preso pelo mesmo imperador. Por se rebelar contra a imposição ao culto do deus Sol. Segundo a lenda, acabou se apaixonando, na prisão, pela filha cega de um dos carcereiros, que milagrosamente voltou a enxergar. Podendo ler, ela própria, bilhete que o futuro santo lhe deixou, antes de ser executado, assinado "do seu Valentim". Seja como for, 14 de fevereiro passou a ser celebrado, em todo o mundo, como "Valentine's Day". E, nele, se celebra o dia dos namorados. É assim até hoje. Shakespeare (1564-1616), em uma fala de Ofélia (Hamlet), se refere a esse dia: "Tomorrouw is Saint Valentine's Day".
Ao Brasil, a celebração chegou bem mais tarde. Em 1949. Quando os proprietários da loja de departamento Clipper (no Largo Santa Cecília, 39), em São Paulo, pediram ao publicitário João Dória para imaginar uma campanha que aquecesse as vendas durante o mês de junho - um dos menos lucrativos para o comércio. O publicitário, inspirado no Dia de São Valentim, apresentou então a idéia de celebrar por aqui um "Dia dos Namorados". Como data escolheu 12 de junho, véspera de Santo Antonio - um santo que é de Lisboa (onde nasceu) e de Pádua (onde morreu). Dado, segundo a tradição, ser um santo "casamenteiro". O mesmo que em suas pregações incentivava a união familiar, tão combatida à sua época pelo Catarismo (que pregava a castidade). "Santo Antonio, Santo Antoninho, arranja-me um maridinho", diz antigo pregão popular do além-mar.
O publicitário colocou em frente a loja uma grande faixa "Não é só de beijos que se prova o amor". A data demorou até que fosse aceita. Mas acabou dando certo. Tanto que é hoje a terceira data mais importante pra o comércio - depois do Natal e do Dia das Mães. Seja como for, com ou sem apelo comercial, amanhã vamos todos celebrar esse dia. E a coluna de hoje, diferentemente do habitual, vai ter duas receitas. Uma tradicional, que segue mais abaixo, "Corações de chocolate". Outra são versos do "Soneto 11", de "Os lusiadas", de Luis Vaz de Camões.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente:
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
RECEITA: CORAÇÕES DE CHOCOLATE
INGREDIENTES:
100 g de chocolate preto
100 g de manteiga
2 ovos
75 g de açúcar
35 g de farinha de trigo
PREPARO:
* Derreta o chocolate e junte a manteiga amolecida.
* Bata os ovos inteiros com o açúcar. Depois, com cuidado, misture o chocolate derretido e a farinha.
* Unte duas formas em forma de coração. Coloque o creme. Dentro de cada forma coloque um pedaço de chocolate inteiro.
* Asse em forno pré-aquecido em 180º, por aproximadamente 10 minutos. O meio fica mole e a bordas bem assadas. mesmo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário.